Os riscos da manipulação incorreta de alimentos
O verão é a estação do ano mais propensa a casos de intoxicação alimentar. E é no ambiente doméstico, com a manipulação incorreta de alimentos, onde há maior incidência de casos. Estudos da Diretoria de vigilância epidemiológica, da secretaria de estado da Saúde, apontam que 44% das intoxicações alimentares acontecem em casa, enquanto que 17% são provenientes de consumo em restaurantes e lanchonetes. E 67% ocorrem por conta de manipulação ou preparação inadequada dos alimentos. A má conservação também é outro fator de risco.
As altas temperaturas registradas nessa época do ano favorecem o desenvolvimento de bactérias em alimentos mal acondicionados e manipulados sem as condições de higiene necessárias, resultando em infecções alimentares. Para evitar as doenças transmitidas por alimento, a diretora da vigilância sanitária, Raquel Ribeiro Bittencourt, faz alguns alertas, como descongelar alimentos dentro da geladeira e não à temperatura ambiente, como muitas pessoas fazem para acelerar o processo de degelo.
Durante a estação quente, ressalta ainda Raquel, é mais seguro preparar a maionese sem usar ovos crus. A maionese feita com ovos nesta situação é o principal alimento causador de intoxicação, respondendo por 37% dos casos. E a bactéria salmonela é a principal causadora, com 63% dos registros.
As DTAs são provocadas pelo consumo de alimentos contaminados com bactérias durante a manipulação errada de alimentos. O consumidor deve ficar atento e observar os princípios básicos de higiene, tanto no preparo caseiro quanto na alimentação fora de casa.
Ao preparar uma refeição, o cozinheiro deve primeiro manipular as verduras e só depois preparar as carnes. Desta forma, explica a diretora da vigilância sanitária, evita-se a contaminação cruzada.
Cuidados básicos como esses evitam a doença. “É muito importante notificar o serviço de vigilância sanitária do município onde ocorreu a intoxicação e procurar um médico para tratar o problema. Desta forma será possível evitar contaminações futuras”, ressalta Raquel Bittencourt.